Uma pesquisa impulsionada pelo Grupo QuintoAndar revelou que 43% dos trabalhadores do regime remoto optaria por procurar outro emprego caso o home office em seu atual trabalho fosse encerrado. O levantamento foi feito pela Offerwise com 1.914 pessoas de 18 anos ou mais, de todas as classes sociais, nas 27 capitais do Brasil, via questionário online, com objetivo de mapear a relação entre casa e trabalho e o quanto isso ainda influencia a demanda por imóveis.
Um dos fatores que impactam no desejo por seguir em regime remoto é o tempo gasto de locomoção, entre as capitais o tempo médio de deslocamentos dos trabalhadores é de 42 minutos, o recorde é de 51 minutos, em São Paulo. Mais da metade (70%) dos entrevistados apontaram que morar em um local silencioso para trabalhar em home office é um ponto importante para escolher um imóvel com fins de moradia. O segundo aspecto é uma moradia espaçosa, com separação entre vida pessoal e trabalho.
O perfil dos trabalhadores que mudariam de emprego com o fim do home office tem uma faixa etária de 35 a 44 anos. “Indivíduos mais velhos muitas vezes têm responsabilidades familiares e compromissos que tornam o trabalho remoto mais atraente, além de possuírem maior experiência no mercado. Por outro lado, os mais jovens podem estar mais dispostos a experimentar o ambiente presencial, uma vez que estão em uma fase da vida com menos responsabilidades familiares e em busca dos primeiros passos profissionais”, comentou Thiago Reis, gerente de dados do Grupo QuintoAndar.
A pesquisa mostra que 54% dos brasileiros preferem trabalhar de casa de forma integral ou parcial, 27% opta pelo trabalho híbrido e os outros 27% pelo regime totalmente remoto. Os 46% restantes preferem o trabalho presencial. O levantamento ainda apontou dois caminhos: o brasileiro ainda deseja morar próximo ao emprego, mas também valoriza um espaço para trabalhar de home office dentro de casa.
Fonte: Exame. Foto: Divulgação.