A Celcoin, infratech financeira especializada em potencializar negócios, conduziu uma pesquisa de mercado sobre Banking as a Service (BaaS) na América Latina e Estados Unidos, que avalia desafios e oportunidades do setor de serviços financeiros nas regiões. De acordo com a pesquisa, o Brasil tem feito grandes progressos na liderança do setor bancário como serviço mundial e com uma indústria financeiramente sólida, vibrante e que atrai muitos investidores por sua localização e regulamentação. O levantamento prevê que o mercado de BaaS, no Brasil, cresça 854% até 2031, passando dos atuais US$ 532 milhões para mais de US$ 5 bilhões.
Uma das principais contribuições do Brasil para o negócio global de BaaS é o volume populacional com considerável experiência tecnológica – de acordo com dados da pesquisa TIC Domicílios, quase 70% da população de 214 milhões de pessoas possui acesso à internet; e a forte integração, que se consolida ano a ano, entre bancos tradicionais e fintechs.
“A coexistência de bancos tradicionais e fintechs promove um clima de inovação e colaboração. As instituições estão atuando cada vez mais com as fintechs para aumentar sua oferta de serviços e isso tudo baseado em mudanças regulatórias do Banco Central do Brasil. Essa estrutura bancária aberta e regulada promove a criação de soluções BaaS ao permitir que fintechs e empresas de tecnologia forneçam serviços financeiros de ponta de forma segura e transparente”, avalia Marcelo França, CEO da Celcoin.
Além disso, o estudo aponta que a localização do Brasil na América Latina e o status do país como um mercado em crescimento, com uma economia diversificada, o torna um hotspot regional de fintech, atraindo empresários e investidores de países próximos, e oferecendo mais oportunidades para que provedores da BAAS possam atender às diferentes demandas financeiras ligadas ao comércio e ao investimento.
Banking As a Service deve crescer mais de sete vezes, na América Latina e EUA, até 2031
De acordo com a pesquisa, o BaaS deve crescer 615% até 2031, nessas regiões, impulsionado pelo aumento no números de pessoas que usam internet banking, a preferência dos consumidores pelo online, e a globalização dos serviços. Em números absolutos, o mercado deve passar de US$ 12,2 bilhões, registrados no final de 2022, para estimados US$ 87,4 bilhões em dezembro de 2031.
“A digitalização e o crescimento de serviços online estão transformando o cenário financeiro nessas regiões e, para acompanhar as preferências dos clientes pelo online, os provedores de BaaS têm sido estimulados a criar produtos financeiros digitais fáceis de usar. No entanto, a tecnologia não favorece só os clientes, mas também as próprias instituições”, avalia Marcelo França, CEO da Celcoin. O executivo afirma ainda que a digitalização e o crescimento do Banking as a Service representa benefícios para os consumidores finais, e também deve reduzir custos para os bancos, já que melhora a competitividade e a rentabilidade.
Globalização
Segundo o levantamento, a globalização é um ponto que está se expandindo rapidamente, à medida que os bancos digitais expandem sua presença internacional e passam a oferecer soluções de pagamento em várias moedas, além de serviços transfronteiriços com mais facilidade.
Movimentação de Banking As a Service por fintechs deve crescer mais de 1000% até 2031
O surgimento das fintechs foi importante para a inovação no setor bancário e significou mais opções de produtos e serviços aos consumidores, à medida em que também estimulou instituições financeiras consideradas tradicionais a inovar e oferecer aos clientes serviços de pagamento mais rápidos, seguros e acessíveis, aponta o levantamento.
O segmento de Banking As a Service somava, em dezembro de 2022, US$ 1,08 bilhão, e era composto por bancos tradicionais (32,7% de market share), companhias não bancárias (24,32%), empresas governamentais (20,12%), fintechs (13,7%), e outros (9,14%). Até o final de 2031, esse cenário deve chegar a US$ 8,89 bilhões, um aumento de 721%, e apresentar uma nova configuração de usuários, representados por: bancos tradicionais (31,2% de market share), companhias não bancárias (25%), empresas governamentais (22,17%), fintechs (15,25%), e outros (6,29%). Em números absolutos, as fintechs devem movimentar US$ 1,357 bilhão em BAAS – aumento de 1003% na comparação com os US$ 123 milhões registrados no final de 2022. No mesmo período, bancos tradicionais devem movimentar 800% mais em operações do segmento.
“Nos últimos anos, temos acompanhado uma competição saudável entre o ‘tradicional’ e o ‘digital’, e entendemos que, além de impulsionar parcerias entre bancos e fintechs, o BaaS proporciona uma transformação digital, sempre com o objetivo de oferecer soluções inovadoras para o cliente. Por exemplo, com o crescimento das plataformas white-label e das APIs (principalmente com o Open Banking), as instituições mais tradicionais passaram a apostar em fintechs e infratechs para ganhar agilidade, expertise e inovação – essa união é uma tendência que deve crescer cada vez mais”, analisa Marcelo França, CEO da Celcoin.
Uso de IA nas fintechs traz eficiência operacional e entrega customizada
De acordo com o relatório, a transformação digital baseada em ferramentas de análise de dados, machine learning, automatização de verificações de conformidade e monitoramento de transações está impulsionando a relação custo-eficácia no setor bancário.
“A análise de dados e a inteligência artificial permitem uma melhor compreensão do comportamento do consumidor e dos mercados financeiros, resultando na personalização de produtos BaaS de forma escalável e desenhada para atender às necessidades específicas de vários tipos de clientes – PF, PJ de todos os tamanhos e setores -, com facilidade e agilidade. No entanto, é importante que toda essa evolução ande de mãos dadas com a conformidade regulatória”, destaca Marcelo França, CEO da Celcoin.
A importância das APIs
Hoje fundamental na redução de custos, a computação em nuvem deverá perder espaço para as APIs. Em 2022, 56% dos dados estavam baseados na nuvem, enquanto que 44% já eram observados em APIs, e a previsão é que, em 2031, esse cenário se inverta e a manutenção de dados em nuvem perca espaço, passando a ser utilizada em 43% das ocasiões, enquanto que as APIs passarão a ser as mantenedoras de dados em 57% dos casos. A migração para o formato é uma busca para eliminar a necessidade de grandes investimentos iniciais em infraestrutura física.
As Interfaces de Programação de Aplicativos (APIs) marcaram o início de uma revolução nos serviços bancários e financeiros, especialmente nos Estados Unidos e na América Latina. Essas poderosas ferramentas permitem a transferência fluida de dados e funcionalidades entre diferentes sistemas, atuando como pontes digitais entre eles. No contexto bancário, as APIs desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento do conceito de BaaS, possibilitando uma ampla gama de produtos e serviços financeiros de última geração.
Um exemplo notável desse impacto é a transformação dos serviços de pagamento peer-to-peer, que agora são parte integrante de nossa vida cotidiana. No passado, as operações bancárias estavam limitadas a locais físicos e até mesmo os bancos digitais operavam isoladamente dentro dos domínios de instituições individuais. No entanto, a introdução de aplicativos de pagamento peer-to-peer, como Venmo, Cash App, Mercado Pago e PicPay, foi facilitada pela remoção das barreiras por meio do uso de APIs. Esses aplicativos utilizam APIs para oferecer aos usuários a capacidade de dividir contas, transferir fundos e efetuar pagamentos com extrema facilidade.
Um dos maiores benefícios proporcionados pelas APIs é o acesso simplificado aos dados bancários. Os bancos tradicionais disponibilizam APIs que desenvolvedores podem integrar de forma segura para acessar as informações da conta do usuário em tempo real. Isso significa que agora você pode verificar o saldo da sua conta, visualizar o histórico de transações ou iniciar uma transferência de fundos sem a necessidade de inserir manualmente os detalhes da conta e aguardar dias pela confirmação da transação. Graças às APIs, as transações financeiras são agora mais rápidas, confiáveis e convenientes.
Além disso, as APIs desempenham um papel crucial na melhoria da segurança das transações financeiras. Elas são projetadas com recursos de segurança robustos, uma vez que a cibersegurança é de extrema importância nos dias de hoje. Esses recursos incluem métodos de criptografia para proteger os dados em trânsito e mecanismos de autenticação que garantem que apenas indivíduos autorizados tenham acesso a informações financeiras críticas. Essas salvaguardas de segurança integradas são benéficas tanto para os bancos tradicionais quanto para as empresas fintech, permitindo que eles confiem a segurança de certas operações a provedores de APIs confiáveis. Isso reduz a carga de trabalho das instituições financeiras e aumenta a confiança dos consumidores nos serviços financeiros online.
Celcoin – A Celcoin, fundada em 2016, é uma infratech financeira para potencializar negócios. Fornecedora de infraestrutura de tecnologia completa e pioneira para empresas dos mais diversos segmentos de atuação, a Celcoin disponibiliza soluções para banking, crédito, cash management, Open Finance, retail e onboarding. Estão conectadas à plataforma da Celcoin cerca de 370 fintechs e bancos digitais, 5.000 empresas médias e grandes e 40 mil pontos de varejo, que processam mensalmente R$ 8 bilhões. Isso é Celcoin: the best service for growth.
Foto: Divulgação.