Um grupo de 28 países, incluindo Estados Unidos, China e Brasil assinaram durante a 1º Cúpula de Segurança de Inteligência Artificial (IA), a Declaração de Bletchley, um acordo internacional para regular os sistemas de IA. O evento aconteceu no Reino Unido e reuniu 100 líderes políticos globais, além de empresas de tecnologia, que discutiram os próximos passos da tecnologia.
O documento tem como principal objetivo identificar riscos de segurança da IA de preocupação compartilhada e construir respectivas políticas que garantem a segurança na sua utilização, usando como base evidências científicas para compreender o impacto na sociedade. Não foram previstas sanções e não foram divulgadas ações específicas realizadas por cada país, funcionando como uma carta de intenções.
“Todos os intervenientes têm um papel a desempenhar na garantia da segurança da IA: as nações, os fóruns internacionais e outras iniciativas, as empresas, a sociedade civil e o meio acadêmico terão de trabalhar em conjunto”, afirma o documento.
Em outro trecho da carta diz: “Estamos especialmente preocupados com estes riscos em domínios como a cibersegurança e a biotecnologia, bem como onde os sistemas de IA de fronteira podem amplificar riscos como a desinformação. Existe potencial para danos graves, até mesmo catastróficos, deliberados ou não intencionais, decorrentes das capacidades mais significativas destes modelos de IA”.
Ainda nesta semana, Joe Biden, presidente dos EUA, emitiu uma ordem executiva para monitorar a inteligência artificial no país, no mesmo momento em que a União Europeia, que também aderiu ao acordo, espera aprovar neste ano o AI Act, Enquanto isso, o Reino Unido lidera as tratativas para a criação do primeiro instituto de IA do mundo.
Fonte: Estadão Conteúdo. Foto: Divulgação.
