A startup indiana Zomato, que atua no setor de entrega de alimentos, vai oferecer licença-paternidade remunerada de seis meses. O período é o mesmo permitido legalmente para mulheres que têm filhos.
Para o presidente da empresa, Deepinder Goyal, uma política de licença parental desigual é uma das razões pelas quais o país tem poucas mulheres em cargos de liderança e a “visão míope da atenção primária” aliena metade da força de trabalho.
A Índia tornou obrigatória a licença-maternidade de 26 semanas em 2018. Embora fosse uma das políticas mais progressistas do mundo, a iniciativa também gerou preocupação de que os custos mais elevados pudessem fazer com que empresa deixassem de contratar mulheres.
De acordo com a revista Exame, uma pesquisa estimou o corte de até 1,8 milhão de empregos. Segundo o Relatório Global de Salários 2018/19, o país mostrou a maior diferenças de salário por hora entre homens e mulheres entre 73 países da Organização Internacional do Trabalho. A diferença salarial é de 34,5%. O percentual é mais que o dobro da média global.
Com a iniciativa de dar aos pais o mesmo benefício da licença para cuidar do filho recém nascido, a expectativa é que as mulheres não sejam penalizadas com salários mais baixos.
Fonte: Bloomberg. Foto: Divulgação.
