Projeto de Lei propõe novo tributo aos serviços de streaming no Brasil

Texto está em análise na Câmara dos Deputados

Projeto de Lei propõe novo tributo aos serviços de streaming no Brasil Projeto de Lei propõe novo tributo aos serviços de streaming no Brasil

De autoria do deputado Filipe Barros (PSL-PR), o Projeto de Lei 640/21 propõe um novo tributo às plataformas de streaming no país, como Netflix, Disney+ e Spotify. A proposta prevê a instituição a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a receita bruta de serviços de disponibilização, distribuição, divulgação ou fornecimento de conteúdo pela internet, realizados com o intuito de exploração econômica. 

A alíquota da contribuição será de 3% sobre a receita bruta da empresa, decorrente da exploração econômica da atividade para usuários localizados no Brasil, mesmo que auferida no exterior. Segundo o texto, serão isentas da contribuição as empresas imunes ou isentas do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).

O Cide será cobrado dessas empresas quando houver exploração econômica da atividade por intermédio de publicidade, patrocínio ou merchandising; direcionamento de conteúdo; coleta, distribuição ou tratamento de dados relacionados aos usuários; incentivo ou direcionamento à utilização de serviços; plataforma de pagamentos; ou exploração ou divulgação de imagem, texto, vídeo ou som relacionado à pessoa física ou jurídica.

Segundo a proposta, a empresa deverá informar à Secretaria da Receita Federal do Brasil o representante legal responsável pelo cumprimento da medida. Caberá à secretaria a administração da Cide-Internet, incluindo as atividades de tributação, fiscalização e arrecadação, bem como o estabelecimento de obrigações acessórias.

Destinação – No caso de aprovação do PL, a arrecadação da Cide-Internet será aplicada em investimentos na infraestrutura da rede de ensino público. A medida visa fornecer equipamentos de informática e o acesso gratuito à internet para alunos, professores e servidores, assim como, quando possível, à população em geral. 

Parte do valor também será destinado ao financiamento de infraestrutura e projetos para defesa do Estado brasileiro e “combate à guerra cibernética”, sob supervisão do Ministério da Defesa. Para Barros, o valor gerado pela distribuição de conteúdo por redes sociais e serviços de streaming, hoje, “fica distante do território nacional, em nada beneficiando a população”. 

O PL está em análise na Câmara dos Deputados, sem previsão para ser votado. 

Fonte: Agência Câmara de Notícias. Foto: Divulgação.

 

PODCAST

O que é uma scale-up?