Na última sexta-feira, dia 27, o papa Francisco fez um pedido para gigantes do Vale do Silício. O apelo do pontífice é para que as empresas evitem uma nova forma de “barbárie” com avanços tecnológicos, na qual a lei do mais forte prevaleça sobre o bem comum.
O papa fez os comentários em um discurso a participantes de uma conferência no Vaticano à qual compareceram executivos de empresas como Facebook, Mozilla e Western Digital, além de ganhadores do Prêmio Nobel, especialistas em ética católicos, agências reguladoras governamentais, empreendedores da internet e investidores.
A reunião durou três dias – sendo encerrada no sábado, dia 28 – e debateu tópicos com um jargão técnico que normalmente não é ouvido no Vaticano, como algoritmos e blockchain.“Os desenvolvimentos notáveis no campo da tecnologia, em particular aqueles que lidam com a inteligência artificial, criam implicações cada vez mais significativas em todas as áreas da atividade humana. Por esta razão, debates abertos e concretos sobre este tema são mais necessários agora do que nunca”, disse Francisco aos participantes.
Entre eles estavam a presidente-executiva da Mozilla, Mitchell Baker; o conselheiro-geral associado e diretor da equipe legal de cibersegurança do Facebook, Gavin Corn; o vice-presidente sênior da Western Digital, Jim Welsh; e o cofundador do LinkedIn, Reid Hoffman.
Francisco alertou, ainda, para o perigo do uso da inteligência artificial “para circular opiniões tendenciosas e dados falsos que poderiam envenenar os debates públicos e até manipular as opiniões de milhões de pessoas, a ponto de ameaçar as próprias instituições que garantem uma coexistência civil pacífica”.
Fonte: Reuters. Foto: Divulgação.





