O mundo dos negócios evoluiu, transformando a forma de fazer negócios. O jeito de conduzir uma empresa também já não é mais o mesmo, ao passo de que a economia não depende mais daquela empresa em um grande centro financeiro – a queridinha dos investidores já não é mais aquela empresa mega complexa e burocrática.
O perfil do CEO também está diferente. Aquele CEO engravatado deu lugar ao founder mais relax, da mesma forma que o plano de negócios deu lugar ao canvas e processos e procedimentos engessados perderam espaço para o método ágil. As equipes também não atuam da mesma maneira, uma vez que os times deram lugar aos squads e o propósito é o novo motivador das empresas e colaboradores.
Todo este cenário mostra que as startups estão ensinando uma nova forma de fazer negócios.

Para entender toda essa transformação global, o diretor executivo do IT2S Group, Leo Goldim, passou três anos na Califórnia, Estados Unidos. Por lá, o empreendedor teve contato direto com ecossistema de startups e empreendedores do mundo inteiro.
Foi então que Goldim percebeu que muitos atuavam em setores extremamente regulados do mercado norte-americano (fintechs, healthtechs, insurtechs, entre outras) e não investiam em segurança da informação, ou privacidade. Ao avaliar o mercado, o diretor do IT2S notou que havia um gap de fornecedores de segurança que pudessem oferecer serviços e soluções de segurança da informação e privacidade da forma ágil como as startups fazem negócio. “As empresas falam outra linguagem, possuem outra cultura e conduzem seus negócios de uma forma mais ágil e menos burocrática. Entregar segurança da informação, com políticas longas e com linguagem chatas e processos engessados fazem com que esses empreendedores vejam segurança da informação como um entrave para o seu negócio. Os negócios evoluíram, precisamos evoluir a forma como protegemos eles”, lembra Goldim.
Para suprir essa necessidade, o empreendedor começou a modelar, em 2016, em Los Angeles, a primeira versão do Virtual Officer. A solução nasceu com o propósito de ser um gestor de segurança da informação atuando de forma remota para startups e pequenas empresas, que poderiam ter acesso a profissionais experientes e qualificados e que entreguem segurança da informação e privacidade sem burocratizar o negócio a um valor acessível.
Após alguns testes com o modelo no mercado, o IT2S identificou que apenas o gestor não seria suficiente para esse público-alvo, pois as startups não possuíam mão de obra para implementar as recomendações de segurança. Dessa forma, a empresa passou a oferecer uma equipe técnica qualificada para auxiliar os clientes na implementação dos controles sugeridos.
Atualmente, o Virtual Officer virou uma plataforma web suportado por um assistente com inteligência artificial: o Jarvis. Através da plataforma, a startup pode fazer uma avaliação de segurança e privacidade completa do seu negócio, além de receber recomendações de boas práticas e controles de segurança do Jarvis. O assistente permite, ainda, aos usuários finais interagirem na plataforma, tirando dúvidas sobre segurança da informação e privacidade, relatando incidentes, consultando as políticas da organização e indicadores sobre riscos, segurança e privacidade.
A plataforma já está em fase de testes com alguns clientes do IT2S Group e deve estar disponível ao público ainda esse ano. Goldim destaca que o objetivo da plataforma é auxiliar na execução das atividades de segurança da informação e privacidade, de uma forma ágil e dinâmica, aproximando ainda mais usuários, negócio e segurança e privacidade. “Através das interações do Jarvis com os usuários, conseguimos identificar em tempo real o nível de conformidade da startup com boas práticas e exigências de parceiros, níveis de riscos, andamentos de projetos de segurança, incidentes e nível de conscientização dos usuários, permitindo indicar para a startup recomendações objetivas e práticas para o seu negócio”, explica.
O diretor do grupo ressalta, ainda, que a missão do IT2S é “democratizar o acesso a segurança da informação e privacidade, fazendo com que toda startup possa desenvolver seu negócio de forma segura, em conformidade com leis, como a lei de proteção de dados, fazendo com que as atividades de segurança façam parte da rotina da startup e agreguem valor ao negócio”. Completa: “Temos parceiros, não clientes”.





