Entregadores de aplicativo estão reivindicando por direitos trabalhistas

Em caso de não haver uma proposta melhor os empregados prometem uma greve nacional

Entregadores de aplicativo estão reivindicando por direitos trabalhistas Entregadores de aplicativo estão reivindicando por direitos trabalhistas

Motoboys e empresas de plataformas digitais não chegaram a um acordo de melhorias nas condições trabalhistas dos entregadores, após mais de quatro meses negociando em um grupo de trabalho (GT) instituído pelo Governo Federal, representantes saíram insatisfeitos da reunião realizada no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), na última terça-feira, dia 12. 

Os profissionais de entrega fizeram uma mobilização na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pedindo para que as empresas de aplicativo remunerem de forma digna e decente os trabalhadores, além de condições dignas de trabalho, com diretrizes de saúde e segurança. Eles protestaram contra a demora na regulação do serviço, que de 2013 para 2023 caiu 53% em razão da popularização dos aplicativos de entrega. 

O Conselho Nacional dos Sindicatos de Motoboys e Motoentregadores, a Aliança Nacional dos Motoboys e Motoentregadores e as centrais sindicais reivindicam os valores mínimos de R$35,76 para motociclistas e R$29,63 para ciclistas profissionais por hora de trabalho.  Já as propostas das empresas representadas pela Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) e pelo Movimento Inovação Digital (MID), variam de R$10,20 a R$12 para motociclistas e R$6,54 a R$7 para ciclistas. 

A Federação dos Motociclistas Profissionais argumentou que as empresas de aplicativos de entrega estão fugindo das suas responsabilidades sociais com os empregados e que as propostas dessas companhias sequer contemplam questões de segurança e saúde. Os entregadores prometem paralisação nacional no dia 18 de setembro, caso não haja uma proposta melhor. 

Fonte: Agência Brasil. Foto: Divulgação.