Banco Central passa a considerar criptomoedas na balança comercial

Para a autarquia, o Brasil tem sido "importador líquido de criptoativos"

Banco Central passa a considerar criptomoedas na balança comercial Banco Central passa a considerar criptomoedas na balança comercial

O Banco Central do Brasil (Bacen) reconheceu oficialmente criptoativos nas estatísticas envolvendo a balança comercial, nesta segunda-feira, dia 26. A medida teve como base a recomendação do departamento de estatística do Fundo Monetário Internacional (FMI). 

A recomendação distingue o que são “ativos não financeiros produzidos” (criptomoedas em geral), o que implica sua compilação na conta de bens do balanço de pagamentos, e “tokens digitais” (que podem incluir security tokens, entre outros). Porém, a nova metodologia apresentada pelo Bacen trata genericamente de criptoativos, sem diferenciá-los.

Com a medida, os dados sobre compras e vendas de criptoativos envolvendo residentes tanto no Brasil  quanto no exterior passam a ser considerados nos relatórios sobre balança comercial. 

É necessário realizar a celebração de um contrato de câmbio, uma vez que os cripotativo são digitais e não se faz seu registro aduaneiro. “As operações com moedas virtuais e com outros instrumentos conexos que impliquem transferências internacionais referenciadas em moedas estrangeiras não afastam a obrigatoriedade de se observar as normas cambiais, em especial a realização de transações exclusivamente por meio de instituições autorizadas pelo Banco Central do Brasil a operar no mercado de câmbio”, enfatiza o Bacen no Comunicado de No. 31.379/2017. 

Já a mineração de criptoativos passa a ser considerada atividade de produção, com os fees de transação sendo considerados pagamentos por serviços prestados.

No relatório, a autarquia considera que o país tem sido “importador líquido de criptoativos”, contribuindo para reduzir o superávit comercial na conta de bens do balanço de pagamentos.

Fonte: Época Negócios. Foto: Divulgação.