Via SoftDesign*
Ela está em alta e parece que não irá nos abandonar tão cedo: a inovação faz parte do mundo dos negócios há muito tempo, mas ganhou novo significado com o crescimento das startups na última década. Essas empresas de risco, que revolucionam modelos de negócios e formas de consumo, têm criado um novo mundo que seria inimaginável antes da tecnologia.
Mas de qual inovação estamos falando? Daquela desenfreada, que resultou no rompimento da bolha das startups e no crescente número de lay-offs? Ou da verdadeira inovação, que é também responsável, e justamente por isso segue uma série de premissas?
Acertou quem escolheu a segunda opção. A inovação que iremos explorar neste texto aproxima o sucesso mesmo em tempos de crise, pois torna possível a criação de produtos e serviços digitais que serão amados e irão efetivamente gerar valor para os usuários.
Inovação Disruptiva, Radical e Incremental
Antes de conhecer essas premissas, é importante destacar que existem três tipos de inovação. A inovação disruptiva é aquela que ocasiona um rompimento, pois faz os modelos de negócios anteriores desaparecerem. É o caso de Netflix e Spotify, por exemplo, que propuseram uma solução superior e forçaram a extinção de videolocadoras e lojas de CDs – modificando exponencialmente o comportamento de consumo das pessoas.
Já a inovação radical desestabiliza o mercado, mas não o suficiente para decretar o desaparecimento dos negócios anteriores. Uber e Airbnb são bons exemplos, visto que se apresentam como soluções inovadoras, mas coexistem com táxis e hotéis. Essas startups impulsionaram uma mudança de comportamento na sociedade, mas ainda assim há quem prefira continuar consumindo nos modelos antigos.
Por fim, a inovação incremental é toda a evolução feita em um produto, serviço ou processo já existente em uma empresa. Seu objetivo é aprimorar o que é especialidade da mesma, com o intuito de conquistar novos clientes e reter os atuais – que desenvolvem novas necessidades constantemente. Quando a Magazine Luiza criou seu e-commerce, por exemplo, estava apostando em uma inovação incremental.
Inovação é Conhecimento
É perceptível, então, que a inovação é possível de variadas formas, para diferentes negócios, nas mais diversas áreas de mercado. Mas para promovê-la, seja ela disruptiva, radical ou incremental, não basta ter feeling e tomar decisões de forma intuitiva: é preciso estratégia.
Nesse sentido, a primeira premissa para proporcionar inovação é o conhecimento. Apoiar-se em práticas já consolidadas de Descoberta e Validação de produtos e serviços digitais é essencial para construir uma boa solução para os usuários, de forma econômica e segura. Algumas boas opções são:
– Customer Development Process: criado em 2003 por Steve Blank, o CDP tem como objetivo descobrir e validar se: você identificou uma necessidade que o seu possível cliente efetivamente tem; construiu o produto certo para satisfazê-la; testou os métodos corretos para converter esse cliente; e implementou os recursos certos no desenvolvimento para atender a demanda do seu produto.
– Business Model Canvas: criado no ano seguinte por Alex Osterwalder e Yves Pigneur, o Modelo de Negócio é uma ferramenta conceitual que agrupa um conjunto de elementos e suas relações, e permite expressar a lógica de ganhar dinheiro de uma organização. Ele é uma descrição do valor que uma empresa oferece a um ou vários segmentos de clientes, e expressa a arquitetura da empresa e sua rede de parceiros, a fim de gerar fontes de receita lucrativas e sustentáveis.
– Lean Startup: criado em 2014 por Eric Ries, o método tem como objetivo encurtar os ciclos de desenvolvimento de produtos e descobrir rapidamente se um Modelo de Negócio é viável ou não. Na prática, o framework envolve um ciclo de criação e teste de hipóteses, no qual algo pequeno é construído (Mínimo Produto Viável – MVP) para que os clientes em potencial possam testar. Suas reações são documentadas, com o intuito de gerar aprendizado e conduzir novos ciclos aperfeiçoados.
– Testing Business Ideas: criado em 2020 por Alex Osterwalder, o framework tem como objetivo minimizar a importância do ‘construir’ (da Lean Startup), e deixar clara a relevância e o significado do ‘experimentar’. Para o autor, “testar é a atividade de reduzir riscos perseguindo ideias que parecem boas na teoria. Você testa ideias conduzindo rápidos experimentos que permitem que você aprenda e adapte”.
Inovação é Resiliência
Conhecer as práticas acima citadas permite a escolha pela mais adequada, de acordo com a necessidade e o momento do negócio. Entretanto, para executar qualquer uma delas, é preciso resiliência – e é por isso que essa é a segunda premissa para promover inovação.
Resiliência é a capacidade de se adaptar, enfrentar desafios e superar adversidades; é uma habilidade que envolve flexibilidade e criatividade. No contexto da inovação, ser resiliente significa compreender que quanto mais um produto ou negócio for inovador, mais a sua estratégia será um conjunto de hipóteses incertas. Isso significa que ela é uma construção temporária que será modificada, melhorada e reconstruída por meio dos testes e experimentos propostos pelas práticas.
Assim, junto à resiliência está o desapego: na trajetória de inovação digital, não é possível se apegar a uma ideia inicial ou a um modelo de negócio específico. Quando as pesquisas, testes e/ou o mercado indicam que o negócio ou produto não funcionará, é preciso pivotar. Mudar o rumo exige coragem, mas é o único caminho para o sucesso.
Inovação é Controle Financeiro
Por fim, mas não menos importante, está a terceira premissa para promover inovação: o controle financeiro. Ele é essencial para sobreviver a esses longos períodos de testes e experimentos em busca pelo Product-Market Fit.
Reconhecer as receitas e despesas, organizar e acompanhar o Cash Burn Rate, e regular os gastos fazem parte desse controle. Com essas informações, é possível tomar decisões inteligentes de investimento, priorizando os testes essenciais para a evolução, e garantindo o desenvolvimento sustentável.
Aliás, um problema comum ocorre quando a pessoa empreendedora não desapega das suas ideias iniciais e, sem controle financeiro, investe tempo e dinheiro na tentativa de provar sua hipótese. Todas as fichas são gastas em um sonho, e o preço dessa estratégia é muito alto. Por isso, realizar projeções financeiras para as etapas de Descoberta e Validação contribui também para o desenvolvimento da resiliência.
Inovação em Tempos Incertos
É claro que promover inovação não é tarefa fácil, ainda mais em tempos incertos e de recessão econômica. Muitas vezes, é preciso contar com a ajuda de uma pessoa ou empresa que domine os frameworks citados nesse artigo, e que saiba conduzir o negócio pelo caminho da resiliência e do controle financeiro, rumo ao crescimento. Na SoftDesign, nós oferecemos serviços diferenciados que podem apoiar esse processo. Nossos 25 anos de experiência e a entrega de mais de mil aplicativos, plataformas e sistemas nos proporcionam o conhecimento necessário para apoiar startups, scale-ups e corporates na sua jornada de inovação digital. Fique à vontade para entrar em contato conosco pelo nosso site ou pelo WhatsApp (51) 9 9337-9743.
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