A gigante varejista Amazon obteve o direito exclusivo para utilizar o domínio de internet “.amazon”. A decisão da Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números (Icann, na sigla em inglês), que deu ganho de causa à empresa de Jeff Bezos, foi publicada essa semana. A medida colocou um fim na batalha, que já durava sete anos, entre a companhia e oito países da região amazônica, que também disputam o domínio. O Brasil estava entre os países.
De acordo com a decisão da Icann, agência americana que administra o sistema de endereços da Internet, a companhia tem o direito de utilizar seu nome, com suas variações. Após a decisão, o Itamaraty se manifestou lamentando-a. Para o governo brasileiro, a medida deixa de considerar adequadamente “a necessidade de defender o patrimônio natural, cultural e simbólico dos países e povos da região amazônica”.
A organização já havia advertido que, na ausência de um acordo entre a empresa e os países que questionam esta solicitação de nome de domínio, adotaria uma resolução própria. Então, a Icann optou por analisar normalmente a solicitação do grupo tecnológico americano. A decisão vai entrar em vigor dentro de 90 dias, as partes interessadas podem enviar seus comentários à Icann.
O comprometimento da empresa em não usar os nomes de domínio “.amazon” em um contexto relacionado claramente com a Amazônia e permissão para que os países que contemplam o território da florestas utilizassem vários nomes de domínio derivados “com fins não comerciais” e para melhorar a visibilidade desta região ameaçada foi um ponto destacado pela Icann na hora de decisão.
Há dois anos, a Icann se mostrou favorável que a companhia de Bezos ficasse com o domínio. Mas, os países nos quais se encontra a floresta amazônica entraram em litígio com a empresa, reivindicando o poder de veto sobre o uso que gigante de tecnologia dará ao nome no ciberespaço.
Fonte: AFP. Foto: Divulgação.