Com alta incidência do mosquito transmissor da dengue, cidades do interior de São Paulo buscam na tecnologia uma forma de combater o Aedes aegypti. Drones possibilitam o levantamento dos possíveis focos, por meio de filmagem aérea, permitindo que a fiscalização atinja locais inacessíveis aos agentes de saúde.
Os veículos aéreos não tripulados também já podem ser equipados com dispersores de inseticidas para o ataque direto ao transmissor. Em Araraquara, os agentes utilizaram essa alternativa para lançar inseticidas e larvicidas numa área que abriga um “cemitério” de vagões, na Vila Xavier. O equipamento deve ser usado até o fim da epidemia que atinge o município, que tem 3.824 casos confirmados e quatro mortes por dengue.
Já em Limeira, drones são utilizados na identificação de potenciais criadouros. O equipamento auxilia as equipes na fiscalização de imóveis onde o acesso é difícil. Caso sejam identificados pontos de acúmulo de larvas, o proprietário é notificado para fazer a limpeza e eliminar os criadouros em três dias. A não obediência gera multa que varia de R$ 795 a R$ 3,9 mil. Na cidade, houve 60 casos confirmados até fevereiro.
Em Caraguatatuba, o drone auxilia as ações de nebulização feitas com o “fumacê”, além de identificar os locais com possíveis criadouros. Segundo o Centro de Controle de Zoonoses, com a utilização do equipamento, o nebulizador ganha em eficiência, podendo atingir até 40 quarteirões por dia. A cidade teve 326 casos de dengue notificados este ano, dos quais 35 foram confirmados.
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Fonte: Estadão Conteúdo. Foto: Divulgação.
