O cartão de crédito é um dos tipos de pagamento mais utilizados em e-commerces no Brasil, todavia, com a chegada do Pix, a concorrência de formas de pagamento teve um grande aumento nos últimos três anos. O Sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central, pela primeira vez, está sendo aceito por 100% dos principais comércios eletrônicos no país.
O levantamento foi realizado pelo Estudo Gmattos de Pagamentos, que monitora os grandes comércios onlines como Amazon, Americanas e Magalu, de forma bimestral. Segundo Gastão Mattos, cofundador e diretor-geral da empresa que fez a apuração, para alcançar o atual patamar e ganhar espaço entre lojistas e consumidores como pagamento à vista, a modalidade superou gargalos de infraestrutura que nos dias atuais permitem a melhor integração entre os lojistas e os bancos.
A opção de pagar no Pix já existe tanto através do chat do WhatsApp quanto pelo aplicativo da conta do consumidor e com isso, o percentual de lojistas pesquisados que tem incentivado o pagamento pela modalidade cresce a cada levantamento. Muitos estabelecimentos oferecem de 5% a 20% para clientes que utilizarão o Pix como método de pagamento, o consumidor é atraído por isso.
O Pix tem sido vantajoso para comerciantes, praticamente 90% do que o cliente coloca no carrinho do e-commerce é convertido em vendas quando há opção de pagar com o pix e o custo é inferior a todas as outras formas de recebimento – 0,33%, em média, para lojas de grande porte. O crescimento do Pix ocorre em meio às discussões sobre o rotativo no cartão de crédito e o parcelado sem juros, que têm mobilizado as agendas do Banco Central, bancos, entidades de setor, lojistas e o Congresso Nacional. Atualmente, nota-se um número recorde de lojas aceitando cartão de crédito apenas na modalidade à vista (uma parcela) e somente 3% das lojas oferecem desconto nesta opção.
Além disso, foi observado a significativa aceitação de uma outra modalidade, o compre agora, pague depois (BNPL, Buy Now, Pay Later), que atingiu 32,2%, nela é possível comprar produtos ou serviços à prazo, parcelando o pagamento e sem a necessidade de usar cartões de crédito ou débito. Uma forma de BNPL é o pix parcelado, que por mais que ainda não seja uma modalidade oferecida oficialmente pelo Banco Central, já é possível encontrar bancos (tradicionais e digitais) e até mesmo fintechs ofertando o serviço como mais uma linha de crédito.
Fonte: Valor Investe. Foto: Divulgação.