A Neuralink, startup de Elon Musk dedicada à interface cérebro-computador (BCI, na sigla em inglês), está recrutando pessoas para seu primeiro teste em humanos. O objetivo da empresa é conectar cérebros humanos a computadores para testar a tecnologia em pessoas com paralisia.
A Neuralink recebeu em maio a aprovação da agência sanitária americana Food and Drug Administration (FDA) para o primeiro ensaio clínico em humanos, tentativas anteriores já haviam sido negadas. Não foi divulgado o número de participantes aprovados. A empresa busca pessoas que possuam tetraplegia devido a uma lesão ou esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença em que as células nervosas da medula espinhal e do cérebro se degeneram.
No início do estudo, com duração prevista de seis anos, um robô auxiliará na introdução de 74 fios flexíveis, mais finos que um fio de cabelo, em uma parte do cérebro que controla a “intenção de movimento”. Isso vai permitir que o implante experimental N1, alimentado por uma bateria podendo ser carregada sem fio, registre e transmita sinais cerebrais para um aplicativo que vai decodificar como a pessoa quer se movimentar.
A Neuralink enfrenta rivais que já têm experiência há quase duas décadas no setor, estes são: Blackrock Neurotech, que implantou seu primeiro de muitos BCIs em 2004; e a Precision Neuroscience, com implante que se assemelha a um pedaço muito fino de fita que fica na superfície do cérebro.
Adrien Rapeaux, pesquisador associado do Laboratório de Interfaces Neurais da universidade Imperial College London, afirmou que a Neuralink possui vantagem em termos de implantação, pois têm a assistência de um robô no procedimento, todavia não está claro se o método para converter sinais cerebrais em ações conseguiria se manter confiável por bastante tempo, que já é problema na área.
Fonte: Época Negócios. Foto: Divulgação.





