Com a proposta de trazer mais diversidade ao ecossistema de inovação paulista, atender as necessidades específicas e acolher as pessoas negras com projetos e negócios em tecnologia e ciência, o Sebrae-SP lançou no dia 30 de março o Ginga Afrotech Hub. Nesta fase, três programas do hub estão com inscrições abertas: Prototipa, Imerso e Cientistas. São 130 vagas no total.
Em 2022, o Sebrae for Startups, iniciativa do Sebrae-SP de apoio a startups e ambientes de inovação, rodou um programa voltado para negócios em fase de validação liderados por pessoas negras e outra ação para formar uma rede de startups de base científica e tecnologia avançada – as chamadas deeptechs.
Os trabalhos serviram como piloto para entender as particularidades desse público. “O Ginga é o próximo passo do que fizemos em 2022. Os programas para projetos e negócios em tecnologia foram desenhados para atender pessoas que hoje estão fora do radar dos programas de aceleração, os quais optam por apoiar startups mais maduras. Com isso, nosso principal objetivo é proporcionar um ambiente em que esses projetos e negócios amadureçam e passem a se posicionar como startups, aumentando assim o número desse perfil de empresa lideradas por pessoas negras”, afirmou a consultora da ABStartups, associação parceira do Sebrae-SP, Daiane Almeida.
Aumentar o número de startups lideradas por pessoas negras é uma estratégia ousada, dado que hoje, segundo pesquisa da plataforma BlackRocks Startups, apenas 25,1% dos empreendedores de startups se autodeclararam pretos ou pardos. “Queremos impactar a comunidade, gerar uma situação de pertencimento e contribuir para o crescimento dos negócios”, destaca o consultor do FIPT, fundação parceira do Sebrae-SP, Lucas Lima.
Programas – Os três primeiros programas têm 130 vagas disponíveis para o estado de São Paulo. O Prototipa é focado em projetos de negócios em tecnologia na fase de validação do modelo e primeiras vendas. Durante seis meses, as pessoas selecionadas participarão de encontros para conexão, treinamento de soft skills, capacitações e terão mentorias com profissionais do mercado.
O Imerso é voltado para negócios em tecnologia na fase de operação. Ou seja, quem já tem um MVP (produto mínimo viável, na tradução da sigla em inglês) validado e uma versão oficial do produto. Serão sete meses de conteúdo focado em gestão e na melhoria dos indicadores técnicos. Tudo com acompanhamento personalizado.
Já a proposta do Cientistas é formar uma comunidade de pessoas, pesquisadores e cientistas negras para acompanhar, orientar e fomentar as deeptechs. Podem participar pessoas negras que já empreendem ou que tem interesse em empreender em tecnologia, organizações da sociedade civil interessadas em empreendedorismo negro em tecnologia, fundos de investimento e investidores-anjo interessados em investir em startups lideradas por pessoas negras.
Durante o processo de seleção para os programas, serão avaliados: viabilidade do negócio, composição do time de pessoas fundadoras e sua disponibilidade para participar do programa, grau de inovação e tecnologia utilizada na solução. Inscrições e outras informações no link.
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