Para a Autoridade Europeia para a Proteção de Dados (AEPD), órgão de vigilância da privacidade da União Europeia, o reconhecimento facial deve ser proibido no continente. A justificativa da AEPD é que a tecnologia realiza uma “intrusão profunda e não democrática” na vida privada das pessoas.
A declaração foi feita nesta sexta-feira, dia 23, e dois dias depois que a Comissão Europeia propôs um projeto de regras que permitiria o uso do reconhecimento facial para crianças desaparecidas, criminosos e pessoas em casos de ataques terroristas. A iniciativa, que precisa ser discutida com os países da União Europeia e o Parlamento Europeu, é uma tentativa da Comissão de definir regras globais para a inteligência artificial (IA), tecnologia dominada pela China e pelos Estados Unidos.
A AEPD lamentou que a Comissão não tivesse atendido ao seu apelo anterior para proibir o reconhecimento facial em espaços públicos. “Uma abordagem mais rígida é necessária, já que a identificação biométrica remota, em que a IA pode contribuir para avanços sem precedentes, apresenta riscos extremamente altos de intrusão profunda e não democrática na vida privada dos indivíduos”, disse o órgão de vigilância da privacidade em comunicado.
Fonte: Reuters. Foto: Divulgação.
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