O presidente do Banco Central (Bacen), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira, dia 20, que o Pix é a semente de várias iniciativas que estão sendo plantadas no âmbito da democratização digital. Na abertura do Fórum Pix, promovido para autarquia, Campos Neto disse que o Pix vai reformular a intermediação financeira e que passará por evolução natural.
Campos Neto reafirmou, ainda, a gratuidade para pagamento feitos por pessoas físicas por meio da plataforma e negou que tratar-se de um tabelamento. Também participou do Fórum Pix o diretor de Organização do Sistema Financeiro da autarquia, João Manoel de Mello, que defendeu a que a rentabilidade do Pix deve ser encarada sob ótica mais ampla. “Há diversos outros pontos do ecossistema abertos a todos os provedores de serviços de pagamento com capacidade de remuneração. Um normativo específico irá detalhar as possibilidades de tarifação do Pix”, acrescentou ele, sem dar prazos.
Mello também revelou que o Bacen está em conversas avançadas para assinatura de outros acordos com entes do governo para permissão de pagamentos por meio do Pix – já tendo fechado com o Tesouro e com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Para Mello, a possibilidade do pagamento de faturas de serviços básicos por meio do ecossistema é essencial para que os brasileiros o conheçam e tenham acesso aos seus benefícios. De acordo com o Bacen, o pagamento instantâneo funcionará 24 horas por dia, todos os dias e a um custo operacional mais baixo que o de modalidades já consolidadas no mercado, como como transferências do tipo TED ou DOC e pagamentos por cartões de crédito e débito.
O custo do Pix é de 1 centavo para 10 transações, segundo a autarquia. Fonte: Reuters. Foto: Ueslei Marcelino/ Reuters.





